A queda de cabelo não é exclusividade dos homens. Muito pelo contrário.
Cada vez mais as mulheres estão sujeitas a falhas capilares. Mas o
problema, felizmente, tem tratamento. E quanto mais cedo o diagnóstico,
maiores as chances de sucesso. Para saber como agir durante o processo
da alopecia androgenética feminina, confira as respostas dos médicos
sobre as dúvidas que rodeiam o assunto.
1. Por que as mulheres têm sofrido mais com a queda do cabelo?
A
queda está diretamente relacionada ao equilíbrio dos hormônios. Por
causa da vida contemporânea, elas estão mais estressadas e
sobrecarregadas, fato que aumenta o nível de cortisol e interfere nos
hormônios que provocam a queda. “Além disso, a falta de tempo também age
negativamente na alimentação e a falta de proteínas e ferro pode
provocar a queda dos fios”, completa a médica Isabel Martinez, membro da
Sociedade Brasileira de Dermatologia.
2. O que pode ser considerada uma queda normal de cabelos?
De acordo com a Dra. Isabel, em média até cem fios por dia.
3. A mulher pode ficar careca como um homem?
“O
padrão feminino de calvície é diferente do masculino. Enquanto os
homens apresentam aquelas entradas, a mulher fica calva de forma difusa
com acentuação da rarefação no topo da cabeça. A risca do cabelo fica
muito mais visível”, explica Denise Steiner, membro da Associação
Internacional de Dermatologia. Essa diferença se dá por causa das
diferenças hormonais.
4. Quanto antes perceber a queda mais fácil o tratamento?
O
melhor tratamento é o diagnóstico feito na fase inicial do problema. “A
alopecia androgenética demora anos para se desenvolver e quando
diagnosticada no início podemos direcionar melhor o tratamento e
retardar o aparecimento de graus mais avançados da queda”, comenta
Isabel.
5. Adolescentes também podem sofrer com a queda dos fios?
Segundo a Dra. Isabel, as adolescentes também estão sujeitas à queda, assim como jovens adultas.
6. Os tratamentos com luz são eficientes?
“Os
lasers e leds apresentam ótimos resultados contra a queda”, garante
Isabel, que explica como eles funcionam: “essas luzes ativam a
vascularização local, estimulando o crescimento capilar”.
7. O transplante capilar é uma boa opção para as mulheres?
O
cirurgião plástico Miguel Sorrentino – especialista em transplante
capilar – é enfático ao responder: “Sim”. A operação pode ser feita por
mulheres dos 23 aos 85 anos.
8. Como é realizado o transplante?
A
técnica consiste na retirada de raízes da região da nuca para serem
implantadas na região frontal, superior e na coroa. Podem ser
transplantadas até seis mil raízes em uma etapa de três horas. “O cabelo
deve ser da mesma pessoa, uma vez que o transplante de outra não irá se
desenvolver. Nosso sistema imunológico é altamente reativo para cabelos
de outras pessoas. Ele chega a se desenvolver nos primeiros meses, mas
após o oitavo começa a definhar até desaparecer complemente. Com o
cabelo da própria pessoa, o crescimento começa a partir do terceiro ou
quarto mês e finaliza no décimo mês após a cirurgia. É um método
ambulatorial, com anestesia local, podendo o paciente retornar às suas
atividades profissionais dentro de alguns dias. Suas complicações são
raras e podem aparecer depois de três meses pequenos cistos de óleo
quando começam a sair os primeiros fios”, explica o cirurgião plástico
Miguel Sorrentino.
9. A queda mais intensa dos fios após a gestação é comum?
Esta
é uma situação que, apesar de desconfortável, é bastante comum. Mas se a
mulher nunca tinha apresentado problema relacionado à queda antes de
ter filhos, não há muito com o que se preocupar já que esse processo é
autolimitado e para espontaneamente depois de semanas ou meses. “Se a
situação não normalizar naturalmente, é indicado procurar um
dermatologista para realizar exames e investigar possíveis causas que
estejam agravando o problema, como deficiência de vitaminas, ferro e
proteínas”, completa a cirurgiã capilar Leila Bloch, da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.
10. Como tratar a queda decorrente da gestação?
“Após
o parto, pode-se iniciar o uso de loções com princípios ativos que
controlam a oleosidade e funcionam como antiqueda. O uso de xampus
adequados, prescritos pelo médico dermatologista, também auxiliam na
recuperação da saúde capilar. Além disso, podem ser realizados
tratamentos de estímulo capilar, como peeling capilar e massagens
estimuladoras”, responde a cirurgiã Leila.
Da Latta Serviços Editoriais
Especial para o Terra